terça-feira, 21 de junho de 2011

Queda nos preços dos combustíveis faz prévia da inflação desacelerar em junho

Tarifa aérea e ônibus urbano encarecem, mas índice oficial sobe menos que em maio


Motivada pela queda dos custos com transportes e com alimentação, a prévia da inflação oficial desacelerou em junho e ficou em 0,23%, informou nesta terça-feira (21) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A etapa anterior à formação do índice de inflação do mês é medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), que marcou 0,7% em maio.

Os preços para a formação do IPCA-15 foram coletados de 14 de maio a 13 de junho e comparados com aqueles vigentes de 13 de abril a 13 de maio de 2011. O indicador leva em conta famílias com renda de um a 40 salários mínimos (de R$ 545 a R$ 21,8 mil) nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

Apesar das elevações das passagens dos ônibus urbanos, de 1,3%, e das tarifas aéreas, com alta de 12,85%, os combustíveis foram os protagonistas dessa alta menor. O álcool ficou 16% mais barato para o consumidor e, no caso da gasolina, o recuo foi menor, de 3,43% mais em conta.

Os alimentos também colaboraram fortemente para a queda da prévia do índice de inflação. Estão mais em conta para o consumidor arroz, frutas, peixes e batata-inglesa.

Os serviços também subiram menos para o consumidor, segundo o IBGE. A energia elétrica ficou 0,46% mais cara em junho, enquanto a taxa de água e esgoto encareceu 1,16%. 



Os remédios também tiveram desaceleração nos preços e ocorreu ainda redução na variação da taxa dos salários dos empregados domésticos.

Por outro lado, o destaque negativo da desaceleração foi o gasto com roupas, já que o segmento de peças infantis registrou alta nos preços.

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, fechou o primeiro semestre em 4,1% - no ano passado, o índice marcou 3,35% no mesmo período. Considerando os últimos 12 meses, IPCA-15 ficou em 6,55% - pouco acima dos 12 meses imediatamente anteriores, quando o indicador marcou 6,51%.

O governo federal estipulou a meta de 4,5% para a inflação oficial neste ano, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos - ou seja, pode chegar a 2,5% ou atingir 6,5%.

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