Cada vez mais cedo os profissionais vêm conquistando postos de comando nas empresas. Dados da consultoria Hay Group mostram que no Brasil cerca de 20% de jovens com menos de 30 anos já ocupam cargos de chefia. Fenômeno que vai impactar de forma irreversível a relação entre chefes e subordinados. Aí faço as seguintes perguntas: Será que um chefe jovem está preparado para liderar equipes mais velhas? Até que ponto alguém com invejável bagagem profissional aceita ser mandado por quem está apenas começando?
Não há dúvidas que poucos terão a coragem de assumir, mas o fato é que muita gente não aceita ter um chefe mais novo. Existe resistência sim, embora os problemas sejam velados. Outra pesquisa realizada pela consultoria Lens & Minarelli há alguns anos, envolvendo 250 executivos, revelou que mais da metade já teve um chefe mais jovem. Desse total, 63,9% revelara ter enfrentado algum tipo de dificuldade de relacionamento.
Nada contra jovens talentos assumindo posições de chefia. Mas uma grande maioria não possui maturidade para lidar com situações de extremo estresse, contam com uma carga emocional adversa e ansiedade à flor da pele que os impede ter discernimento do que é bom senso.
Entre as diversas credenciais necessárias para um verdadeiro líder está exatamente o bom senso adquirido por meio da experiência. O chefe jovem tem pouca milhagem e, portanto, demonstra uma visão equivocada quando pensa que é preciso decidir rápido. Já ouvi alguns talentos da geração Y dizer: “Os mais velhos são muito devagar para decidir e perdem oportunidades por conta disso”. Infelizmente, acabam confundindo rapidez
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