quinta-feira, 16 de junho de 2011

Problemas pessoais devem ser levados para a mesa do chefe?


Conheço uma diretora que nunca foi exemplo de organização. Mal o dinheiro do salário entrava na conta e o banco já engolia, seus inúmeros cartões de crédito viviam pendurados, não conseguia comprar nada a prazo por ter o nome sujo no SPC e as mensalidades da escola do filho continuavam atrasadas. Até que um dia, seu chefe a chamou na sala e perguntou se algo estava acontecendo com ela, porque seu rendimento caíra pela metade.

Reluta daqui, reluta dali, ela percebeu que tinha a chance de não só dividir o problema como evitar uma demissão. O momento era de reverter a situação caótica em que se encontrava. O RH da empresa mapeou suas dívidas e fez as negociações necessárias, que seriam descontadas de sua folha de pagamento. Não tem jeito, problemas pessoais interferem no dia a dia do profissional.  Certamente sua cabeça estará bem longe das metas que terá de cumprir no final do mês.

Aí, eis que uma dúvida paira no ar: “Devo ou não abrir o jogo com meu chefe ou com o RH?” Em princípio, a minha resposta é não. Há assuntos de natureza estritamente pessoal que não são bem vindos. Mas existem exceções. Quando o problema é sério e a pessoa acha que pode prejudicar seu desempenho, deve procurar dentro da empresa canais próprios. Algumas organizações contam até com 0800 para ajudar nessa tarefa.

Tudo vai depender de cada chefe.  Por isso, vale a pena fazer uma rápida avaliação de como seu chefe trata desse tipo de assunto. Muito cuidado se você já o abordou antes para não ser carimbado como uma pessoa problemática. Se o problema tem relação direta com seu desempenho e é algo que se repete, alerta: a empresa sempre ficará atenta a isso.

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