segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sudeste tem 35 mil vagas abertas em telemarketing

Jovens que buscam o 1º emprego são maioria dos trabalhadores em call center



A região Sudeste está com 35,3 mil vagas abertas para quem quiser emprego como operador de telemarketing. Empresas de quatro Estados - Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo - pagam de R$ 600 a R$ 2.000 para os funcionários, dependendo de sua experiência.
A maioria das oportunidades, no entanto, não exige conhecimentos anteriores. Em geral, a contratação é feita entre os que têm ensino médio.
O setor é o mais procurado por jovens em busca do primeiro emprego, afirmam especialistas. Eles representam 45% dos operadores de telemarketing em todo o país.
O objetivo dos funcionários jovens quase sempre é ajudar a pagar a faculdade ou complementar a renda familiar. Mas para alguns, o primeiro emprego em telemarketing significa independência financeira e até uma possível carreira a seguir. É nisso que apostam as empresas do setor.
Na TMKT, grande companhia da área, um programa de educação prepara os funcionários para o caso de surgir uma vaga melhor do que a que eles ocupam atualmente dentro do seu setor. Chamado de Decolar, o projeto inclui aulas de finança, gestão e português, entre outras disciplinas.
Para participar, o funcionário deve se candidatar. O número de vagas é limitado e a escolha é feita pelo perfil e pelo comprometimento do empregado com a companhia.
Prioridade

Talita Morais, consultora de recursos humanos da TMKT, explica que quando uma vaga surge, a empresa prioriza os participantes do projeto Decolar.
- Quando há chance, priorizamos as pessoas no projeto. Elas se identificam com a empresa e entendem como funciona, é melhor e mais fácil do que contratar alguém de fora.

Um projeto similar é adotado pela empresa Teleperformance. O chamado Jump! tem como objetivo encontrar líderes nas bases da companhia e capacitá-los, para que eles possam assumir cargos melhores. O projeto aposta que operadores cheguem a gerentes um dia.
Abrir os olhos
O presidente do Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos), José Luiz Sanches, também aposta que o telemarketing pode abrir os olhos dos jovens para carreiras alternativas.
- No trabalho do call-center, o jovem pode acabar se interessando pela área de TI (Tecnologia da Informação) ou pelo marketing. Ele pode acabar descobrindo uma carreira que tenha mais a ver com ele.
O intercâmbio de áreas é incentivado, afirma Talita. Segundo ela, há muitos casos de ex-operadores que foram para outras áreas dentro da própria empresa.

Fonte: R7

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